Saudações,
Na bela canção, Tendo a Lua, Herbert Viana diz que “o céu de Ícaro tem mais poesia do que o de Galileu”.
De certo, a primeira vista, levando em consideração ser a poesia algo da ordem do lírico, temos que a tentativa de Ícaro, no mito grego, foi recheada de lirismo, um sonho de alcançar o sol e que culminou com sua morte.
No entanto, Galileu, o matemático do século XVI, também era um sonhador e buscava algo da ordem do lírico: conhecer de perto as estrelas. Daí que criou a primeira luneta astronômica para desenvolver sua teoria heliocêntrica, posteriormente condenada pela igreja católica.
Por vezes estereotipamos determinadas coisas, colocando rótulos e com isto, engessando a possibilidade de olhares amplos para estas mesmas coisas.
Senão vejamos: quantas vezes você diz para você mesmo: eu não nasci para isto ou, quem me dera poder fazer determinada coisa. Pois é: você se rotula, minimiza as possibilidades e isto demonstra a descrença em você mesmo, beirando por vezes à baixa autoestima.
Todos nós somos sim iguais perante Deus, perante às leis e principalmente, perante nós mesmos a partir do momento que acreditamos em nós.
Algum cético irá dizer, que bobagem, claro que os ricos... os belos... os brancos... enfim... E eu direi, claro que não, pois se assim o é, é porque você acredita nisto e corrobora com esta situação.
Então, deixemos de rotular as coisas bem como, rotular a nós mesmos. Heidegger já dizia: “somos possibilidades”, logo, não temos rótulos.
Além do que, poesia por poesia, Galileu também fazia as suas ou não é poética a sua famosa frase: a matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o universo.
Só para registro e reflexão.
Fecha o pano.